O faturamento do varejo brasileiro encolheu 1,3% em julho frente ao mesmo período do ano passado, descontada a inflação, segundo o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) divulgado nesta sexta-feira (9) pela empresa de pagamentos.
“As quedas em dois segmentos, Bares e Restaurantes e Supermercados e Hipermercados, ajudam a explicar boa parte da retração do Varejo em julho”, afirmou o vice-presidente de Tecnologia e Negócios da Cielo, Carlos Alves.
“Um atenuante para julho foi o desempenho de Turismo e Transporte e Recreação e Lazer, setores que podem ter sido puxados pelas férias escolares.”
De acordo com a Cielo, o resultado em julho deste ano só não foi mais negativo por causa dos efeitos de calendário, uma vez que, em 2024, houve uma terça-feira e uma quarta-feira — dias em que o comércio é mais movimentado — a mais do que em 2023.
Os três macrossetores — Bens Duráveis e Semiduráveis, Bens Não Duráveis e Serviços — apuraram queda nas vendas, enquanto, entre as regiões, apenas o Sul teve sinal positivo (0,3%).
Em termos nominais, que espelham a receita de vendas observadas pelo varejista e embutem a inflação, houve alta de 2,8% no mês passado na comparação ano a ano, com o e-commerce mostrando alta de 8,1% e o comércio físico acréscimo de 1,6%.
O ICVA acompanha mensalmente a evolução do varejo brasileiro, conforme as vendas de 780 mil varejistas credenciados à companhia realizadas em 18 setores mapeados pela empresa, desde pequenos lojistas a grandes varejistas.
Mais cedo, a rival Stone também divulgou seu levantamento de vendas.
Segundo a Stone, as vendas no varejo nacional ficaram praticamente estáveis em julho sobre o mesmo mês do ano passado, apresentando oscilação positiva de 0,1% ante julho de 2023. A empresa afirmou que a base do levantamento reuniu 3,7 milhões de estabelecimentos comerciais credenciados à Stone no Brasil.