Soranz responde após ser chamado de ‘mentiroso’ por secretário estadual de Segurança do Rio

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Soranz responde após ser chamado de ‘mentiroso’ por secretário estadual de Segurança do Rio
Secretário estadual de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor dos Santos
Secretário estadual de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor dos Santos (//Reprodução)

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O secretário estadual de Segurança, Victor Santos, acusou o secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, de mentir ao afirmar em uma entrevista ao vivo que unidades de saúde tiveram o funcionamento interrompido 516 vezes neste ano por motivos de segurança, invasão ou risco. De acordo com Santos, o número não é verdadeiro. As falas aconteceram após criminosos armados invadiram o Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, na madrugada desta quinta-feira, 18, para tentar executar um paciente, que seria testemunha de crimes.

“O secretário Soranz está mentindo. Ele é mentiroso. Isso não condiz com a verdade. Não existe esse número de ocorrências. Se apurarmos, há registro de cerca de 20% dessas situações. O secretário [Soranz] tem meu telefone, assim como o de todos os outros secretários, e não fez nenhuma ligação para pedir esse tipo de apoio. Por isso, consideramos essa declaração uma irresponsabilidade, porque esse tipo de informação gera insegurança na população”, disse Santos durante coletiva à imprensa.

“Se a Prefeitura, de alguma maneira, quer ajudar a segurança pública, que faça isso colocando os guardas municipais nas unidades hospitalares, devolva os policiais militares cedidos à Prefeitura e pague os R$ 115 milhões que deve à Polícia Militar referentes a salários da contrapartida dos cedidos”, completou.

Em resposta, o secretário municipal de Saúde rebateu a crítica e reafirmou o número nas redes sociais.

“Todos acompanharam a situação gravíssima que aconteceu hoje no Hospital Pedro II, mas mais grave do que isso é o secretário de Segurança tentar intimidar a secretaria de Saúde”, declarou em vídeo. “Não é razoável que Secretária Municipal de Saúde seja obrigada a fechar as portas das suas unidades para garantir a segurança dos pacientes”, concluiu.

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