Se González for preso, o regime venezuelano estará se fechando ainda mais, diz professor

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Se González for preso, o regime venezuelano estará se fechando ainda mais, diz professor

Em entrevista à CNN, o professor de Relações Internacionais da ESPM Leonardo Trevisan afirmou que a possível prisão do opositor venezuelano Edmundo González representa um potencial agravamento na situação política da Venezuela

Segundo Trevisan, caso a ordem de prisão contra González seja efetivada, isso significaria “um salto  de dois ou três degraus acima no recrudescimento do regime”.

O professor enfatizou que tal medida não passaria despercebida pela comunidade internacional, especialmente pela União Europeia.

Reação internacional e o papel da Espanha

O governo espanhol, mesmo sendo de orientação socialista, já sinalizou uma mudança de postura em relação à Venezuela.

“O governo espanhol foi claro afirmando que irá agir com outro tom na Venezuela”, afirma Trevisan, indicando uma provável pressão diplomática mais intensa sobre o governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

No entanto, o especialista ressaltou que as ações de Maduro podem estar sendo calibradas em função das eleições presidenciais nos Estados Unidos.

“Eu acho que até mesmo Maduro está esperando os resultados de 5 de novembro. Ele vai tomar cautela até lá”, pondera Trevisan.

O impacto das eleições americanas

O resultado das eleições nos EUA pode ter um impacto significativo no cenário venezuelano.

O professor argumenta que uma vitória do republicano Donald Trump poderia levar a um endurecimento da posição americana frente à Venezuela, potencialmente agravando a situação do país sul-americano.

Por outro lado, a administração da democrata Kamala Harris poderia manter abertos canais de diálogo, como o acordo de Barbados, que visa promover negociações entre o governo venezuelano e a oposição.

Diante desse cenário complexo, a comunidade internacional observa atentamente os próximos passos do governo Maduro, especialmente em relação à situação de Edmundo González.

A possível prisão do opositor não apenas afetaria a política interna da Venezuela, mas também poderia reconfigurar as relações do país com atores-chave internacionais, como Estados Unidos e União Europeia.

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