Professor: Saída de González acalma tensão na Venezuela

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Professor: Saída de González acalma tensão na Venezuela

A saída do líder opositor venezuelano Edmundo González para a Espanha, onde recebeu asilo político, representa uma redução significativa na tensão política na Venezuela, segundo avaliação do professor de Relações Internacionais da ESPM, Leonardo Trevisan, em entrevista à CNN Brasil.

González, que disputou as eleições presidenciais contra Nicolás Maduro, deixou o país após ter um mandado de prisão emitido em seu nome. O professor Trevisan explica: “A saída dele acalma a situação, baixa a tensão. Porque cria um fato consumado de que a oposição perdeu seu principal representante”.

Impacto na política venezuelana

O especialista destaca que, embora González tenha sido eleito e sua vitória tenha sido reconhecida por diversos organismos internacionais, Maduro continua no poder de fato. “Como é que alguém vai tomar posse se não está nem mesmo na Venezuela?”, questiona Trevisan, ressaltando o impacto da ausência física do opositor no país.

A notícia da saída de González foi dada pela vice-presidente Delcy Rodríguez, ministra da Economia, descrita por Trevisan como “mais liberal” e “responsável por esse respiro econômico melhor da Venezuela no ano passado”. Esta escolha de porta-voz pode indicar uma abordagem mais moderada do governo Maduro nesta questão.

Papel da União Europeia

Trevisan ressalta o papel crucial da União Europeia na resolução da situação: “Não foi só a Espanha. A União Europeia, Josep Borrell, que é o chanceler da União Europeia, explicou em detalhes o caminho de Edmundo González”. O professor destaca a negociação conduzida pelo ex-primeiro-ministro espanhol José Luis Rodríguez Zapatero, evidenciando o envolvimento direto da diplomacia europeia.

Com a saída de González, o professor conclui que a tensão política deve diminuir, criando uma situação de “fato consumado” para Maduro. Embora a solução ideal fosse uma transição política pacífica, Trevisan reconhece que “é evidente que isso não vai acontecer na Venezuela”, indicando que o cenário político do país continua complexo e desafiador.

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