Pix e laranjas internacionais acendem alerta no compliance bancário

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Pix e laranjas internacionais acendem alerta no compliance bancário
Rede do Itaú
 (Divulgação/Divulgação)

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Os últimos levantamentos de mensuração de crimes financeiros divulgados pela BioCatch, empresa que vende soluções de segurança, acenderam uma luz amarela entre criminalistas especializados em compliance.

Sem dados brasileiros, um dos estudos mostra que foram descobertas, somente em 2024, 2 milhões de contas laranjas no mundo. Um outro levantamento da multinacional, específico para o Brasil, aponta o Pix como o maior vilão nas falcatruas, respondendo por até 70% em crimes contra consumidores. “Esses dados revelam a dificuldade que as instituições financeiras do mundo todo enfrentam para inibir a utilização de contas bancárias para a prática de lavagem de dinheiro”, explica o criminalista Sérgio Rosenthal, mestre em Direito Penal pela USP e especialista em crimes financeiros. “Os sistemas de compliance das instituições financeiras não são evidentemente infalíveis e a realização de operações por meio de plataformas digitais, sem qualquer interação humana, também dificulta o controle em determinadas circunstâncias.”

Recentemente, a polêmica tentativa do Governo Lula de monitorar as transações via Pix foi suspensa sob a crítica de que a medida visava a cobrança de impostos. Para Dinovan Dumas, especialista em direito penal econômico pela Universidade de Coimbra e IBCCrim e sócio do Maciel, Fernandes, Basso e Dumas Advogados, é preciso encontrar formas urgentes de minorar o efeito das fraudes, crescentes principalmente no uso de jovens como “mulas” financeiras. “O levantamento revela a globalização da lavagem de dinheiro, com jovens sendo recrutados como laranjas, o que, em muitos casos, decorre da vulnerabilidade social, educacional e cultural a que estão submetidos, principalmente nos países periféricos”, Dumas explica. “É preciso maior cooperação internacional, repressão penal, reforço no compliance e prevenção, via educação financeira. se quisermos combater estes esquemas transnacionais.”

  • Radar Econômico

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