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O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou que novas medidas de ajuste fiscal devem ser anunciadas ainda este ano pelo governo, incluindo cortes de despesas e incremento de receitas.
Em entrevista ao jornal O Globo, Durigam disse que as propostas de novos ajustes serão debatidas após a aprovação do Orçamento de 2025. “Tem um timing natural. Temos que aprovar o Orçamento e dar consecução a isso. Todo o pacote de medidas está sendo estudado por nós. Medidas diversas podem ser adotadas, seja administrativa, de colegiados como o Conselho Monetário Nacional, e do ponto de vista do Congresso Nacional”, afirmou. Segundo ele, a revisão dos supersalários deve entrar na mira da Fazenda.
O presidente Lula se reúne nesta segunda-feira, 13, com Durigan e com membros do alto escalão do governo, no Palácio do Planalto. Estão confirmadas as participações, segundo a agenda do presidente, do ministro da Casa Civil, Rui Costa, do advogado-geral da União, Jorge Messias; do líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues; e do líder do governo na Câmara dos Deputados, deputado José Guimarães.
Na entrevista, Durigan destacou que o governo já entregou o maior ajuste fiscal recente, reduzindo o déficit em mais de R$ 200 bilhões entre 2023 e 2024, sem medidas de austeridade extremas. Segundo o secretário, a prioridade é fortalecer a percepção de estabilidade fiscal para obter grau de investimento e manter o crescimento sustentável.
“Precisamos vencer o ceticismo em relação à estabilidade da dívida pública. Cumprimos a meta de (resultado) primário em 2024 com um déficit de R$ 12 bilhões, contra todas as expectativas. O arcabouço fiscal está funcionando”, afirmou.
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Sobre a alta do dólar, acima de R$ 6, atribuiu o patamar ao cenário externo e a fatores domésticos, ressaltando que a equipe econômica está comprometida em melhorar a comunicação e avançar em ajustes estruturais. “O problema das expectativas tem que seguir endereçado. Isso nos incomoda”, ressaltou sobre as reações negativas do mercado financeiro, que recebeu com ceticismo as medidas anunciadas no pacote fiscal aprovado pelo Congresso Nacional no fim do ano passado.
Ele defendeu ainda que a inflação em 2024 foi impulsionada por fatores climáticos, não por políticas fiscais, e que a despesa pública caiu proporcionalmente ao PIB. Para 2025, o foco será consolidar avanços fiscais e evitar retrocessos.
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