A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta quarta-feira (14) que a mpox é uma emergência global de saúde. A movimentação aconteceu devido ao surto da doença na África e o risco de disseminação internacional.
Uma “Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional” (ESPII) representa o mais alto nível de alerta da organização e leva atenção global para a prevenção da doença. A mpox é transmitida pelo contato entre humanos, materiais e animais silvestres contaminados, e até o momento, não existe um remédio aprovado para o seu tratamento. A vacinação está disponível, entretanto prioriza grupos de risco e expostos ao vírus.
De acordo com o Ministério da Saúde, a imunização antes da exposição ao vírus está priorizando pessoas com maior risco de evolução para as formas graves da doença. Entre eles homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais com idade igual ou superior a 18 anos que vivem com o vírus do HIV.
Além deles, funcionários de laboratórios que trabalham diretamente com microrganismo e têm entre 18 a 49 anos de idade.
A vacinação também priorizará pessoas que já tiveram contatos (classificados pela OMS como de alto ou médio risco) com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para mpox.
O imunizante é administrado dentro de 4 dias do contato com alguém infectado ou em até 14 dias, se não houver sintomas.
Esta semana, a OMS publicou documento oficial solicitando aos fabricantes de vacinas contra a doença que submetam pedidos de análise para o uso emergencial das doses. O processo foi desenvolvido especificamente para agilizar a disponibilidade de insumos não licenciados, mas necessários em situações de emergência em saúde pública.
A concessão de autorização para uso emergencial, segundo a organização, deve acelerar o acesso às vacinas, sobretudo para países de baixa renda e que ainda não emitiram sua própria aprovação regulamentar.
Tratamento
Não existe um medicamento aprovado pela OMS especificamente para a mpox. O tratamento, então, consiste em um suporte clínico para aliviar sintomas, prevenir e tratar complicações e evitar sequelas.
De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde os sintomas dos casos leves e moderados da doença costumam desaparecer espontaneamente, sem necessidade de tratamento.
As erupções cutâneas causadas pela mpox devem, segundo a agência de saúde, secar naturalmente ou com um curativo úmido as protegendo. Além disso, produtos como enxaguantes bucais e colírios que contenham cortisona devem ser evitados pelos infectados.
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*Com informações de Paula Laboissière, da Agência Brasil