Jovem Pan > Notícias > Brasil > Justiça de SP nega pela terceira vez pedido de prisão preventiva de policiais envolvidos na morte de estudante de medicina
Decisão foi tomada após novo recurso apresentado pelos advogados da família da vítima, que alegaram alto grau de periculosidade dos agentes e contradições nos depoimentos prestados durante as investigações
- Por Jovem Pan
- 28/10/2025 17h06
Reprodução/Jovem Pan News
Marco Aurélio Cardenas Acosta dá tapa em viatura em rua na Vila Mariana, zona sul de São Paulo
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) negou pela terceira vez o pedido de prisão preventiva dos policiais militares acusados de envolvimento na morte do estudante de medicina Marco Aurélio Cardenas Costa, ocorrida em novembro do ano passado na Vila Mariana, zona sul da capital paulista. A decisão foi tomada após novo recurso apresentado pelos advogados da família da vítima, que alegaram alto grau de periculosidade dos agentes e contradições nos depoimentos prestados durante as investigações. A defesa também solicitou o afastamento dos policiais da corporação e o uso de tornozeleira eletrônica, pedidos que também foram negados.
Em sua decisão, o TJ-SP entendeu que não há fatos novos que justifiquem a prisão cautelar dos acusados. O tribunal também afirmou que o afastamento de policiais militares é competência de superiores hierárquicos da corporação, e não da Justiça. Além disso, destacou que não há registro de descumprimento das medidas cautelares impostas anteriormente, o que afastaria a necessidade de monitoramento eletrônico.
O caso ganhou grande repercussão em 2024. Segundo a versão dos policiais, Marco Aurélio teria apresentado comportamento agressivo e alterado, e a confusão começou quando ele deu um tapa no retrovisor da viatura. Em seguida, o estudante entrou sem camisa no saguão do hotel onde estava hospedado e foi perseguido pelos agentes. Os PMs alegam que ele tentou tomar a arma de um deles, momento em que o disparo fatal teria ocorrido.
Marco Aurélio chegou a ser levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Quase um ano após o crime, o processo ainda não teve desfecho, e os policiais continuam em liberdade, enquanto a família do estudante segue buscando punição aos responsáveis.

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