Inflação segue acima do limite da meta. O teto da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para a meta de 3% definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) foi ultrapassado nos quatro primeiros meses deste ano.
Alimentos e saúde
Preços de alimentação e bebidas desaceleraram, mas grupo teve o maior impacto no índice. Os preços no segmento tiveram alta de 0,82% para o mês de abril, com impacto de 0,18 ponto percentual no índice geral. O aumento representa uma desaceleração em relação à inflação de março quando o segmento de alimentos e bebidas teve alta de 1,17%. “O grupo alimentação é o de maior peso no IPCA, por isso, mesmo desacelerando, exerce impacto importante”, diz Fernando Gonçalves, gerente do IPCA.
Batata, tomate e café são destaques de alta. Contribuíram para o resultado as altas da batata-inglesa (18,29%), do tomate (14,32%), do café moído (4,48%) e do lanche (1,38%). No lado das quedas, destaca-se o arroz (-4,19%). A alimentação no domicílio registrou alta de 0,83% e a alimentação fora do domicílio, 0,80%.
O segmento de saúde e cuidados pessoais teve alta de 1,18%. O grupo teve impacto de 0,16 ponto percentual no índice geral. A alta foi influenciada principalmente pelos produtos farmacêuticos, cujos preços tiveram alta de 2,32%. Segundo Gonçalves, o resultado é explicado pela autorização de reajuste de até 5,09% no preço dos medicamentos a partir de 31 de março. Já os itens de higiene pessoal tiveram aumento 1,09%.
O grupo transportes foi o único que teve queda de preços, com -0,38%. A redução foi influenciada pela queda na passagem aérea (-14,15%) e nos combustíveis (-0,45%). Todos os combustíveis tiveram redução de preços em abril: óleo diesel caiu -1,27%, gás veicular caiu -0,91%, etanol, -0,82%, e gasolina, -0,35%.