Importadora dos EUA redireciona café brasileiro ao Canadá após tarifaço

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Importadora dos EUA redireciona café brasileiro ao Canadá após tarifaço

A estratégia é armazenar o carregamento na Flórida. Naquele estado, a companhia tem autorização para abrigar temporariamente os grãos sem a cobrança do imposto.

Embora a empresa gaste mais com transporte até o Canadá, a isenção da taxa no país vizinho compensa. “É um dilema: esperar e torcer por um acordo comercial ou tomar um banho de sangue na logística para redirecionar o café”, afirmou o dono da empresa, Steven Walter Thomas.

Pedidos cancelados

Outras importadoras buscam substitutos ao café do Brasil. Elas afirmaram à reportagem que os estoques do grão brasileiro estão acabando e, por isso, tentam alternativas. Enquanto isso, torcem por um acordo entre os governos de Brasil e EUA, iniciado recentemente.

Já as empresas americanas de torra estão cancelando seus pedidos de grãos brasileiros. O cancelamento teria custado entre US$ 20 e US$ 25 por saca de 60 quilos. “Temos estoques, mas eles estão se esgotando rapidamente”, disse Michael Kapos, da torrefadora Downeast Coffee Roasters, que fornece o produto para supermercados da Costa Leste dos EUA.

As principais alternativas são latino-americanas. México, Colômbia e América Central são os mais procurados. Por essa razão, os preços do produto nesses países subiram até 10% desde o anúncio da tarifa, em 9 de julho. Em compensação, o preço do café brasileiro caiu cerca de 5%.