O Canadá, na mira já no primeiro mandato de Trump, de 2017 a 2021, estava pronto para responder. Mas Ontário, coração econômico do país, decidiu não vetar empresas americanas dos contratos públicos e manter um contrato com a Starlink, de Elon Musk, aliado do presidente americano.
Europa: sob vigilância
A Europa também parece estar na mira de Trump, que afirmou no domingo que decidiria sobre o Velho Continente “em breve”.
Bruxelas trabalha há meses em vários cenários para garantir que a UE esteja preparada para um possível conflito. Os setores automotivo, de máquinas e metalúrgico são os mais expostos. Em seu primeiro mandato, o republicano impôs tarifas sobre as exportações europeias de aço e alumínio, mas o bloco reagiu.
Segundo o Goldman Sachs, 40% das exportações europeias para os Estados Unidos podem ser afetadas por tarifas, o que pode representar 1% do PIB europeu.
“Teremos que enfrentar negociações difíceis, mesmo com parceiros de longa data”, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, na terça-feira, pedindo que “as decisões sejam tomadas sem emoção ou nostalgia, mas de acordo com um cálculo que seja do nosso interesse”.