Fim do conflito? Relembre o histórico de sanções à Rússia pela guerra da Ucrânia

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Fim do conflito? Relembre o histórico de sanções à Rússia pela guerra da Ucrânia
Putin afirmou que avião de Prigozhin teria sido explodido por granadas de mão.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin. – (Vladimir SMIRNOV/AFP)

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Desde sua chegada à Casa Branca, o presidente dos EUA, Donald Trump, decidiu liderar uma esteira de diálogos para pôr fim à guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Na quarta-feira, 12, Trump realizou uma ligação telefônica com o presidente russo, Vladimir Putin, em que afirmou que as negociações para o fim dos conflitos devem ocorrer “imediatamente”. No entanto, países europeus não receberam bem a notícia, já que as negociações conduzidas por Trump não envolvem a Ucrânia e devem incluir até mesmo perda de parte do território ucraniano para os russos.

O acirramento das tensões entre russos e ucranianos veio ganhando escala em 2021, culminando na invasão em grande escala do território ucraniano pela Rússia, que passou a atacar cidades próximas à capital Kiev. A decisão de Putin veio como resposta a uma aproximação que a Ucrânia teve com o Ocidente, a União Europeia e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Putin não desejava que esse movimento ganhasse força, considerando as relações históricas entre os países, já que a Ucrânia foi uma das nações incorporadas à União Soviética.

Apesar do ganho de escala em 2022, o conflito remonta a 2014, quando a União Europeia impôs sanções econômicas após a anexação ilegal da Crimeia, península autônoma da Ucrânia. Dali em diante, foram sucessivas sanções, aplicadas e estendidas sequencialmente, aos russos. Desde o setor financeiro até a área de energia e transportes, a Rússia vem enfrentando diversas retaliações por estender o conflito.

A área de maior proeminência em termos de sanções é a de energia. Houve proibições de importações de petróleo bruto, produtos petrolíferos, carvão e gás de petróleo liquefeito (GPL) da Rússia, além de exportações de bens e tecnologia, investimentos gerais no setor e em projetos de GPL para o país. Apesar da decisão ser uma tentativa de desestabilizar a economia russa, houve também grande preocupação de como ficaria a situação da Europa ocidental, dado que a energia da região vinha principalmente do gás russo.

No setor de commodities, a interrupção da cadeia de fornecimento à Rússia foi ampla, com proibição de importações vindas do país para as matérias-primas aço, ferro (fundido e bruto), cobre, alumínio, cimento, betume, asfalto, madeira, papel, borracha, plástico, diamantes, ouro, além de cigarros, produtos comésticos e qualquer outro produto que fortalecesse a capacidade industrial russa.

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A área de defesa e tecnologia também foi uma das mais relevantes em termos de bloqueio de acesso aos russos por serem segmentos de segurança nacional. Bens e aparatos tecnológicos para uso militar, drones e componentes, armas, munição, veículos e equipamentos militares e paramilitares, instrumentos de navegação, câmeras e notebooks foram todos proibidos.

Na frente financeira, bancos russos passaram a ter restrição de acesso ao mercado financeiro global, como no caso de depósitos em bancos europeus, fornecimento de notas em euros aos russos, acesso a fundos nacionais russos e assim por diante. Em transportes, o espaço aéreo e portuário da União Europeia foi fechado para aeronaves e navios russos, incluindo também bens e tecnologias destinados aos dois setores e ao segmento espacial.

A parte de serviços também foi atingida pelas sanções dos europeus aos russos, como no caso de serviços de arquitetura, engenharia, publicidade, contabilidade, auditoria, consultoria, assistência técnica ou financeira. Serviços de televisão e radiodifusão de diversos veículos apoiados pela Rússia também foram probidos, sob acusações de serem propaganda do Kremlin.

As restrições aos russos estão descritas em dezenas de regulamentações apresentadas pela União Europeia nos últimos 10 anos.

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