Cuidadoras de asilo são presas por torturar idosos no Rio Grande do Sul

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Cuidadoras de asilo são presas por torturar idosos no Rio Grande do Sul

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu em flagrante, nesta sexta-feira (27), duas cuidadoras em um asilo de Canoas, Região Metropolitana de Porto Alegre, por torturarem idosos que viviam no estabelecimento.

As prisões ocorreram depois que áudios, obtidos e posteriormente divulgados pela polícia, revelaram ameaças e confirmavam a existência das agressões verbais e físicas praticadas pela dupla contra as vítimas de uma casa geriátrica, onde trabalhavam como cuidadoras.

Segundo o Delegado Maurício Barison, que atua nas investigações do caso, a ação policial no local tinha como objetivo afastar as suspeitas de suas funções, interditar o estabelecimento e realocar os idosos em outras casas geriátricas após comprovado as irregularidades e práticas de torturas que aconteciam ao sigilo no local.

A ação civil pública da operação foi iniciada pelo Ministério Público e a Polícia Civil, juntamente com a Vigilância Sanitária e a Secretaria Municipal de Assistência Social.

De acordo com as investigações, os idosos eram constantemente agredidos. As gravações, obtidas pela polícia, comprovaram a forma como as vítimas eram tratadas, com gritos, ofensas e ameaças proferidas pelas suspeitas. Também eram agredidos fisicamente com empurrões, tapas e até mesmo batidas com suas cabeças contra as paredes do local.

Ainda durante a ação, uma das idosas, alvo das agressões da dupla, foi encontrada pelos agentes gravemente ferida com hematomas na cabeça. Ela foi conduzida às pressas a um hospital para receber o atendimento médico necessário.

À polícia, os idosos também relataram que as cuidadoras diziam a eles frases como: “se estavam lá era porque devem ter feito muito coisa ruim” e que “se estavam lá era para sofrer”.

Depois de colhidos depoimentos das vítimas, os moradores do asilo foram realocados pela assistência social do município a outras casas de repouso.

Após serem presas, as agressoras devem responder pelo crime de tortura na Justiça.

A proprietária do estabelecimento e o marido de uma das cuidadoras também estão sendo investigados por possível participação e omissão nos crimes.