Volume de transferências foi o menor desde julho do ano passado. O recuo apurado em janeiro interrompe uma tendência de aumento no número total de transações observada entre agosto e dezembro de 2024, mês que teve o maior volume já registrado de transações com a ferramenta lançada pelo BC em novembro de 2020.
Movimentação do primeiro mês do ano tende a ser menor do que a do dezembro imediatamente anterior. Em 2022, a primeira quinzena de janeiro teve baixa de 12,9% nas transações via Pix ante igual intervalo de dezembro de 2021; em 2023, a queda foi de 9,89%; em 2024, de 11,02%.
Sazonalidade ajuda a entender as quedas tradicionais registradas em janeiro. O movimento geralmente é explicado pela maior presença de dinheiro no bolso dos brasileiros no último mês de cada ano, com o pagamento do 13º salário e a saída para as compras de Natal. Já em janeiro, os consumidores se deparam com gastos extras, como impostos e despesas escolares, que podem ser pagos com boletos ou outras ferramentas.
Volume de transações ainda representa o recorde para meses de janeiro. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o total de transações é 30,57% maior. Ainda assim, a alta anual é a menor registrada para um mês desde o lançamento oficial do Pix, em novembro de 2020.
Total movimentado via Pix também perdeu tração neste mês. Segundo os dados da autoridade monetária, foram transferidos R$ 9,2 bilhões até 14 de janeiro. O valor é 18,17% menor na comparação com dezembro, mas 39,45% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado.
Baixa de janeiro acontece em meio a notícias falsas sobre taxação do Pix. A queda mensal das movimentações pela modalidade de pagamento acontece no momento em que informações falsas sobre uma cobrança de imposto sobre as transferências começaram a circular com força no país. As mentiras levaram a manifestações de repúdio do governo federal, da Febraban (Federação Nacional dos Bancos) e da Receita Federal.