Um homem responsável por manter um laboratório de cogumelos alucinógenos dentro de um escritório de advocacia foi preso na manhã desta quinta-feira (26) em Goiânia (GO).
Segundo a Polícia Civil de Goiás, os produtos, conhecidos como “cogumelos mágicos”, contêm a substância psilocibina, um alucinógeno proibido no Brasil, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
As investigações, que foram iniciadas há cerca de seis meses, apontam que o suspeito fazia a venda dos cogumelos e de produtos derivados (como chocolates e cápsulas) por meio de redes sociais e os enviavam pelos Correios para todo o país.
A polícia destaca que o investigado, que se autointitula guia espiritual e terapêutico, utilizava os cogumelos e os demais produtos em determinadas cerimônias religiosas como uma suposta forma alternativa de tratamento de depressão, ansiedade e outros transtornos mentais.
Com a comercialização das substâncias, o suspeito faturava cerca de R$ 50 mil por mês e cobrava R$ 2.500 por cada atendimento realizado.
Três mandados de busca e apreensão domiciliar em endereços atrelados ao suspeito foram cumpridos, onde foi localizada significativa quantidade de cogumelos in natura e moído, além de chocolates e frascos com cápsulas da substância ilícita.
Segundo a polícia, em um dos locais, um escritório de advocacia que pertence ao pai do homem, funcionava uma espécie de laboratório que, além de armazenar a maior parte do material apreendido, era usado para manipulação, encapsulamento e produção dos produtos derivados do cogumelo alucinógeno.
Os produtos foram apreendidos e encaminhados à Superintendência da Polícia Técnico-Científica e, após a confirmação da presença da substância, o suspeito foi preso em flagrante.
*Sob supervisão