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O ex-ajudante de ordens Mauro Cid afirmou em sua delação premiada que, em 9 de dezembro de 2022, o então presidente Jair Bolsonaro chamou o general Estevam Theophilo, à época chefe do Comando de Operações Terrestres (Coter), ao Palácio da Alvorada e mostrou a ele uma minuta de decreto para reverter a vitória de Lula nas eleições.
Em depoimento à Polícia Federal (PF), Cid disse ter ouvido do próprio general Theophilo, na saída da reunião a portas fechadas, que “se o Presidente JAIR BOLSONARO assinasse o decreto, as Forças Armadas iriam cumprir” a ordem para dar um golpe de Estado.
Nesta terça, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentou ao STF denúncia contra o ex-presidente e mais 33 aliados pelos crimes de organização criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça.
Além disso, nesta quarta-feira, o ministro Alexandre de Moraes retirou o sigilo do acordo de colaboração de Mauro Cid com a PF. As declarações sobre o suposto assentimento do então chefe do Coter quanto à intervenção militar para manter Bolsonaro no poder foram feitas em 11 de março de 2024.
O termo do depoimento revela que os investigadores descobriram a reunião entre Bolsonaro e o general Theophilo no Alvorada por meio de uma mensagem de áudio que Cid enviou naquele mesmo dia para o general Marco Antônio Freire Gomes, à época comandante do Exército. A mensagem foi encontrada no celular do ex-ajudante de ordens.
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Cinco dias depois, em 14 de dezembro de 2022, ainda segundo a delação de Cid, Freire Gomes afirmou, em reunião convocada pelo então ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, para apresentar a minuta de decreto aos comandantes das Forças Armadas, que “não aderiria a nenhum intento de golpe de Estado”.
- Jair Bolsonaro
- Mauro Cid
- PF – Polícia Federal
- Supremo Tribunal Federal – STF
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